Os episódios de racismo no futebol têm se repetido constantemente e, para piorar, sem punições efetivas. O atacante Vinícius Júnior, do Real Madrid, tem sido alvo de ofensas racistas de maneira constante, mas a situação também tem acontecido nas categorias fora do futebol profissional.
Um exemplo disso foi o atacante Luighi, do Palmeiras, vítima de racismo durante o jogo contra o Cerro Porteño, nesta quinta-feira (6), pela Libertadores Sub-20, disputado no estádio Ghunter Vogel, na cidade de San Lorenzo, no Paraguai. O incidente gerou revolta no jogador, que denunciou a agressão e expressou sua indignação após a partida.
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Durante a partida, Figueiredo e Luighi foram alvo de ataques racistas. Figueiredo relatou que um torcedor imitou o som de um macaco em sua direção enquanto ele passava pela lateral do campo, enquanto Luighi foi atingido por uma cusparada e ouviu ofensas racistas. O atacante fez a denúncia ao árbitro da partida e, visivelmente abalado, chorou no banco de reservas.
Em entrevista pós-jogo, Luighi desabafou sobre o ocorrido e criticou a falta de uma pergunta da organização da competição sobre o episódio de racismo, o que indica que a causa do combate ao racismo no futebol não tem sido pelas entidades de futebol.
.”É sério isso? Não vão perguntar sobre o que fizeram comigo? O que aconteceu foi um crime. Até quando vamos passar por isso?”, disse o jogador, com voz embargada, antes de voltar a chorar.
Veja a entrevista:
O Palmeiras, por meio de uma nota oficial, repudiou os atos de discriminação e afirmou que tomará todas as medidas necessárias para que os responsáveis sejam punidos.
Veja nota do Palmeiras:
A Conmebol também se manifestou, destacando que tomará as “medidas disciplinares apropriadas” e consultará especialistas para avaliar outras ações.
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No campo, o Palmeiras venceu o Cerro Porteño por 3 a 0, com dois gols de Riquelme Fillipi e um de Erick Belé. A vitória garantiu ao time paulista a liderança isolada do grupo após a segunda rodada da competição.
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