Colisão entre rabeta e voadeira em Igarapé-Miri resulta em morte de bebê e deixa várias pessoas feridas. Polícia investiga causas do acidente.
Um grave acidente envolvendo duas embarcações no município de Igarapé-Miri, no nordeste do Pará, resultou na morte de um bebê de apenas oito meses e deixou outras pessoas feridas. O acidente ocorreu no último domingo, 8, no rio São Domingos, uma importante via fluvial que corta a cidade. A criança viajava com seus pais em uma rabeta, embarcação de pequeno porte, quando colidiu frontalmente com uma voadeira que vinha no sentido oposto.
Segundo relatos de testemunhas que presenciaram a tragédia, o choque entre as duas embarcações ocorreu nas proximidades da Vila de Maiautá, uma comunidade ribeirinha localizada nas margens do rio. Com o impacto violento da colisão, o bebê bateu a cabeça na estrutura da rabeta e não resistiu, falecendo no local. A morte instantânea da criança chocou os presentes e deixou os familiares em completo desespero.
Os pais do bebê, que também estavam na rabeta no momento do acidente, sofreram ferimentos e foram socorridos por moradores da região. De acordo com as primeiras informações, eles foram encaminhados para um hospital em Igarapé-Miri, onde receberam atendimento médico. Ainda não há informações detalhadas sobre o estado de saúde deles, mas a expectativa é de que, apesar do trauma emocional, os ferimentos físicos não sejam graves.
Enquanto isso, os ocupantes da voadeira, que se chocou contra a rabeta, tiveram ferimentos leves. Segundo as autoridades locais, nenhum deles corre risco de vida.
Investigação e perícia para esclarecer as causas
A Polícia Civil de Igarapé-Miri foi acionada para investigar o acidente. As autoridades já começaram a apuração dos fatos, buscando entender as circunstâncias que levaram à colisão fatal. De acordo com informações fornecidas pela delegacia do município, a equipe de investigação trabalha com base em depoimentos das pessoas envolvidas e testemunhas oculares, além de estar aguardando os resultados das perícias solicitadas para a rabeta e a voadeira.
Peritos foram designados para analisar as embarcações e o local do acidente, a fim de determinar se houve algum tipo de negligência ou falha mecânica que possa ter contribuído para o desastre. As condições de navegação no rio São Domingos também serão investigadas, considerando fatores como visibilidade, velocidade das embarcações e possíveis obstáculos na água.
O acidente trouxe à tona discussões sobre a segurança no tráfego fluvial da região, uma vez que rabetas e voadeiras são comumente usadas pelas populações ribeirinhas como principal meio de transporte. Com a densa malha de rios e igarapés, o Pará é um estado onde as viagens de barco são rotineiras, mas, muitas vezes, realizadas sem equipamentos de segurança adequados ou regulamentação estrita. O uso de coletes salva-vidas, por exemplo, é recomendado, mas frequentemente ignorado.