Setembro de 2024 promete ser o mês mais quente da história do Brasil, com temperaturas podendo atingir entre 40°C e 45°C em diversas regiões do país. A previsão indica que as temperaturas ficarão, em média, até 2°C acima do esperado para o período, o que está agravando as condições de seca em 15 estados, incluindo o Pará.
Entre junho e julho, o Pará já havia experimentado um aumento significativo nas áreas afetadas pela seca, passando de 66% para 84% do território. Essa é a maior extensão de seca registrada desde dezembro de 2023, quando o estado enfrentou seca em 98% de sua área.
Os dados foram divulgados pelo Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA). O Pará se junta a estados como Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins, onde a seca também se intensificou.
No contexto nacional, o Amazonas lidera com a maior área total afetada, seguido pelo Pará. No total, a seca se expandiu para 83% do território brasileiro entre junho e julho, aumentando de 5,96 milhões para 7,04 milhões de km².
Apesar da gravidade da situação, o Pará ainda não registra nenhuma área com seca excepcional, que é o grau mais severo avaliado pelo Monitor. No entanto, as previsões são preocupantes, especialmente para a bacia amazônica, onde rios podem atingir níveis historicamente baixos devido a uma combinação de altas temperaturas e chuvas abaixo da média.
O Monitor de Secas é uma ferramenta essencial para o acompanhamento e planejamento de políticas públicas de combate à seca no Brasil. A metodologia utilizada é baseada em modelos de acompanhamento dos Estados Unidos e do México, permitindo uma análise contínua e detalhada das condições de seca em todo o país.
Os interessados podem acessar o Monitor de Secas através do site oficial ou pelo aplicativo disponível para Android e iOS, onde é possível acompanhar a evolução do fenômeno mês a mês.