Amigos e familiares garantem que o atentado fatal que vitimou Boaz Martins Souza, de 60 anos, no final da tarde desta terça-feira (04), no bairro Ponta Grossa, em Icoaraci, foi o segundo caso recente que levou a polícia a investigar uma possível execução. Nada foi roubado do comerciante, reforçando a hipótese de um crime encomendado.
De acordo com os primeiros levantamentos da equipe do 10º Batalhão da Polícia Militar, os policiais foram acionados para atender a uma ocorrência de disparos de arma de fogo na Travessa Berredos, esquina com a Rua Coronel Juvêncio Sarmento. A vítima era o proprietário de um lava-jato e oficina mecânica.
As investigações iniciais apontam que os assassinos chegaram em um carro preto à oficina mecânica, fingindo ser clientes. Dois homens desceram do veículo, e um deles, armado, efetuou pelo menos seis disparos. Quatro tiros atingiram Boaz Martins Souza, sendo três na região do peito e um na cabeça, causando sua morte instantânea.
Familiares relataram que o comerciante trabalhava e residia no local há quase 30 anos, onde mantinha um negócio que incluía uma oficina de manutenção de automóveis e um lava-jato. Eles também informaram que Boaz já havia recebido ameaças anteriormente e que um veículo suspeito foi visto rondando o local desde o dia anterior ao crime.
Durante a perícia, foi confirmado que a vítima foi atingida por tiros de uma pistola ponto 40, arma de uso exclusivo das forças de segurança. Os cartuchos encontrados no local foram recolhidos e encaminhados ao Laboratório de Balística da Polícia Científica do Pará para análise.
Evidências indicam que, ao perceber o perigo, Boaz tentou correr para dentro da casa onde morava, mas foi atingido mortalmente pelos disparos.
Policiais militares do 10º Batalhão isolaram o local do crime para permitir o trabalho minucioso da Polícia Científica do Pará e dos investigadores da Divisão de Homicídios.
Câmeras de segurança da região foram requisitadas para auxiliar no inquérito policial. O objetivo é identificar o carro preto e seus ocupantes, responsabilizá-los pelo assassinato e esclarecer a motivação do crime.