A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) do Pará informou que até o dia 04 de julho foram registrados 65 casos de febre de oropouche no estado, sem nenhum óbito. No Brasil, a doença já causou três mortes: duas na Bahia e uma em Santa Catarina. O Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica em 11 de julho recomendando a vigilância sobre a possível transmissão vertical do vírus e orientando a sociedade sobre a arbovirose.
Cidades com Casos Confirmados no Pará
Os municípios com maior número de casos são Monte Alegre, com 18 ocorrências, e Alenquer, com 16. Confira a distribuição dos casos:
- Alenquer: 16
- Ananindeua: 03
- Belterra: 01
- Curionópolis: 01
- Curuá: 11
- Faro: 02
- Juriti: 02
- Monte Alegre: 18
- Peixe Boi: 01
- Santarém: 03
- São Caetano: 01
- São Domingos do Capim: 03
- São João de Pirabas: 03
Sobre a Febre Oropouche
A Febre Oropouche é causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960 e casos foram relatados principalmente na região Amazônica. A transmissão ocorre principalmente por mosquitos, especialmente o Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.
Ciclos de Transmissão
- Ciclo Silvestre: Animais como bichos-preguiça e macacos são hospedeiros do vírus, transmitido por mosquitos como o Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus.
- Ciclo Urbano: Humanos são os principais hospedeiros, com o mosquito Culicoides paraenses sendo o vetor principal. O mosquito Culex quinquefasciatus também pode ocasionalmente transmitir o vírus.
Sintomas e Diagnóstico
Os sintomas incluem dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia, semelhantes aos da dengue e chikungunya. O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. A febre de oropouche é de notificação compulsória e imediata devido ao seu potencial epidêmico.
Recomendações de Prevenção
- Evitar áreas com muitos mosquitos.
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas.
- Manter a casa limpa, removendo criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
- Seguir as orientações das autoridades de saúde locais em caso de surtos na região.
Para mais informações e orientações, consulte o site oficial do Ministério da Saúde ou entre em contato com profissionais de saúde locais.
Fonte: Diario do Pará