Na manhã desta sexta-feira (26/7), moradores da Ilha das Onças bloquearam a saída e entrada do Rio Mucuruça em Barcarena, Região Metropolitana de Belém. A manifestação, que teve início por volta das 5h, foi motivada pela falta de energia na região. Durante quase quatro horas, embarcações foram usadas para impedir o tráfego no rio, e ninguém pôde entrar ou sair da área. A Marinha do Brasil (MB) esteve presente para acompanhar o protesto, que terminou por volta das 9h.
Reunião e Respostas das Autoridades
Em resposta à manifestação, a Equatorial Pará, distribuidora de energia, informou que uma reunião foi realizada com representantes da Ilha das Onças na quinta-feira (25/7) em Barcarena. Durante essa reunião, foi apresentado um cronograma de atividades para a energização das ilhas do município, com início previsto para outubro de 2024. Na manhã do protesto, representantes da Equatorial se reuniram com lideranças locais para detalhar o cronograma das obras às comunidades afetadas.
Dificuldade de Mobilidade
O protesto causou transtornos para muitas pessoas, incluindo o motorista de carga Leandro Trindade, de 41 anos, que gravou um vídeo mostrando a manifestação. “Já vi protesto de tudo, agora fecharam a saída e a entrada em Barcarena. Não passa nenhum barco. E agora?”, questionou Leandro na gravação. Residente em Vila do Cabanos, ele estava tentando chegar a Belém para trabalhar, mas encontrou dificuldades devido ao bloqueio.
Repercussão e Ação Passada
A redação integrada de O Liberal entrou em contato com a Prefeitura de Barcarena e a Marinha do Brasil para obter declarações oficiais sobre a manifestação, mas ainda aguarda respostas.
Esta não é a primeira vez que um protesto semelhante ocorre na região. Em 28 de maio de 2019, ribeirinhos fecharam o Furo da Mucura usando rabetas e um cabo de aço para impedir a passagem de lanchas e balsas, bloqueando um trecho de aproximadamente 500 metros.
A Ilha das Onças
Com a chegada das férias escolares, a Ilha das Onças é um destino popular para turistas e moradores de Belém. A ilha oferece contato com a natureza, restaurantes de culinária regional e várias opções de lazer, como banhos, ecoturismo e eventos culturais. O acesso à ilha é feito por travessia de barco partindo da capital.
Fonte: O Liberal