Greve afeta agências em todo o estado; bancários rejeitam propostas de reajuste salarial e melhorias
A partir desta sexta-feira, 13, os funcionários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil no estado do Pará entraram em greve por tempo indeterminado. A paralisação ocorre após a rejeição das propostas de reajuste salarial e outras melhorias nas condições de trabalho, discutidas em assembleias virtuais organizadas pelo Sindicato dos Bancários do Pará.
Em Belém, as agências da Caixa amanheceram fechadas, impactando diretamente o atendimento ao público. Segundo o Sindicato, a decisão pela greve foi tomada após votação expressiva dos funcionários de ambas as instituições financeiras.
No caso do Banco do Brasil, a proposta apresentada na última rodada de negociações foi rejeitada por 59,22% dos trabalhadores, enquanto 37,01% votaram a favor e 3,76% optaram por se abster. Com essa rejeição, o funcionalismo do banco autorizou o Sindicato a transformar a assembleia em uma Assembleia Extraordinária Permanente. Isso permite consultas virtuais a qualquer momento, mantendo o estado de greve até que um novo acordo seja alcançado.
Entre os funcionários da Caixa Econômica Federal, a rejeição à proposta foi ainda mais significativa, com 74,39% recusando os termos oferecidos. Apenas 24,22% aceitaram a proposta, e 1,39% se abstiveram da votação. O percentual de insatisfação reflete a insatisfação dos trabalhadores, que exigem melhores condições de trabalho e remuneração.
Enquanto isso, os bancários do Banco da Amazônia (Basa) tomaram uma direção diferente. A maioria, 53,29%, aprovou a proposta de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específica apresentada na última negociação. Com isso, os trabalhadores do Basa autorizaram o Sindicato a assinar as normas coletivas, evitando a adesão à greve. No entanto, 44,52% dos funcionários votaram contra a proposta, e 2,19% optaram por se abster.
A paralisação dos funcionários da Caixa e do Banco do Brasil no Pará pode causar transtornos para os clientes das instituições, especialmente em um período de alta demanda por serviços bancários. O Sindicato dos Bancários do Pará segue com as negociações em aberto, aguardando que novas propostas sejam discutidas e aceitas pelos trabalhadores.
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