Um árduo trabalho de investigação da Polícia Civil do Estado do Pará, por meio da Divisão de Homicídios, resultou nesta quarta-feira (1º) no cumprimento de mandados de prisão preventiva contra André Kaique Palmeirim de Castro e Fabrício Henrique Gonçalves de Oliveira. Eles são suspeitos de assassinar o professor Manoel Ernani Barbosa, de 82 anos, durante um assalto ocorrido em junho deste ano.
A ordem de prisão foi deferida pela juíza Luciana Maciel Ramos, da 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares de Belém. A acusação é referente ao crime de latrocínio (roubo seguido de morte), conforme o artigo 157, §3º, inciso II do Código Penal Brasileiro, combinado com o artigo 1º, inciso II, da Lei nº 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos).
De acordo com os autos, no dia 28 de junho de 2025, por volta das 14h20, na avenida Rodolfo Chermont, bairro da Marambaia, em Belém, a vítima foi abordada e teve um cordão de ouro roubado sob grave ameaça com uso de arma de fogo. Ao reagir à ação, o professor Manoel foi alvejado no tórax e morreu no local.
Segundo a Divisão de Homicídios, a representação para a custódia preventiva dos suspeitos foi embasada em laudos de reconhecimento facial e prosopográfico emitidos pelo laboratório de perícia da Diretoria de Identificação da Polícia Civil do Pará, com índice de compatibilidade superior a 95%.
Além disso, testemunhas presenciais reconheceram os dois suspeitos por meio de auto de reconhecimento fotográfico. As testemunhas apontaram André Kaique como o autor do disparo e Fabrício Henrique como o piloto da motocicleta usada no crime.
Também foram anexados ao inquérito o laudo tanatoscópico, que confirmou a causa da morte como ferimento por arma de fogo na região torácica, e o relatório de levantamento de local de crime, além da análise de imagens que confirmou a sequência dos fatos.
Com todas as provas reunidas e a autorização judicial, os policiais realizaram diversas diligências e conseguiram localizar e prender os dois suspeitos. Após a prisão, foram cumpridos também mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados.
Em depoimento, ambos confessaram participação no crime, confirmando as suspeitas da polícia.